
Gestão democrática da escola é tema de discussão presencial e videoconferência
Formação
Discutir a escola pública e sua forma de gestão. Foi partindo desta ideia que mais de mil professores, funcionários e membros da comunidade escolar dirigiram-se nesta quinta-feira (19) ao auditório do Ministério Público, do Ciee e da Fapa, em Porto Alegre, para participar do encontro de formação da 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) – Porto Alegre.
A iniciativa permitiu, através do uso da tecnologia da videoconferência, que aqueles que estivessem nas escolas também pudessem assistir à conferência realizada no Ministério Público, que contou com a presença do secretário de Educação, Jose Clovis de Azevedo. O coordenador da 1ª CRE, Antônio Quevedo Branco, destacou em sua fala de saudação, a importância de que todos se sintam responsáveis pelo gerenciamento da instituição. “A gestão é um processo de todos. O Estado tem seu compromisso, mas cada um também tem o seu”, reiterou Branco.
Iniciada com uma apresentação artística de dois alunos da escola aberta e a declamação de um poema, a atividade no Ministério Público seguiu com a fala de Azevedo sobre a democratização do sistema educacional e esfera pública na educação. O secretário abordou a dimensão política, que trata da relação da escola com o processo de democratização gradativa, ligando democracia ao conceito de público e estatal.
Azevedo discorreu sobre as três formas de democratização do sistema educacional: o acesso, a gestão e o acesso ao conhecimento e a permanência dos estudantes, etapa considerada difícil de ser vencida no Estado. “Muitos dos alunos que antes não iam à escola, hoje entram por uma porta e saem pela outra. Precisamos vencer este problema”, concluiu ele. Além disso, o secretário também apresentou as atribuições da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), os aspectos da Lei Estadual de Gestão Democrática e a eleição de diretores. A função social do gestor, dentro deste novo processo de eleição foi destacada, bem como o potencial reflexivo das instituições educacionais. “A escola precisa ser o motor permanente de debate, estudo e discussão”, reforçou o secretário. Para finalizar Azevedo trouxe discursos de professores alinhados com a ideia de democratização e outros contrários, a fim de ilustrar o que havia exposto anteriormente.
Na sexta-feira (20), a ideia é que a comunidade se reencontre nas escolas para discutir os assuntos abordados durante o dia de hoje, bem como textos de autores recebidos anteriormente. O momento será também para planejar um cronograma de debates ao longo do segundo semestre, aprofundando os conhecimentos.